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  • Writer's pictureNathalia Figueiredo

"Acredito, por isso isso existo"

Há 7 anos fiz a escolha de me desenvolver como profissional em ambientes de startup. Ou seja: faço valer no dia-a-dia a frase "a única constante é a mudança", do filósofo Heráclito de Éfeso. Não há uma experiência que já li em algum livro sobre a vida "startapiana" e seus incansáveis ciclos de mudança que não tenha passado e mesmo assim, me convenço todos os dias que esses mesmo livros ficam velhos todos os anos, porque na mesma velocidade que mudamos, eles precisam ser atualizados, e eu vivencio novas possibilidades e vejo novas ideias sendo implementadas. Quando comecei em 2014 nesse mundo, o "bicho que me mordeu" foi exatamente o de poder inovar. Um jovem promissor, com ainda nem trinta anos, à frente de um projeto de aplicativo me chamou, conversou comigo, me contou todas as possibilidades e desenhos. Eu, com 24 anos, cuspi novas ideias, discutimos inúmeras possibilidades e ali criamos uma parceria de respeito, escuta e sugestões quanto às ideias do outro, que dura até hoje, mesmo não estando mais na mesma empresa ou na mesma equipe.

Nesse primeiro ambiente, onde tive minha primeira e real experiência de "caverna" com desenvolvedores, lidei e aprendi na raça também o que era EBITDA, Break-even, valuation e tudo mais, já que minha dupla era esse cara fera da administração e eu, a jornalista que tinha migrado em 2012 das reportagens de televisão para o mundo do marketing e gestão, que sempre tive na veia.


O que quero dizer é que essa troca, enfrentar esses desafios, descobrir um mundo que "fugi" na faculdade, de números e realidades administrativas, na verdade, me fizeram poder ver o todo de um negócio hoje, e que não poderia ver só com minha bagagem by "status quo", ou seja: minha formação e diploma.

Implementar novos processos, lidar com contratações, gerir meu time, empreender, mas em um ambiente respirando tecnologia, cultura de inovação e principalmente, implementar tudo isso, só aconteceu porque tive espaço onde o meu líder e parceiro de trabalho, além dos meus liderados na época e pares, confiavam em mim e me davam lugar para acertar, mas principalmente para errar e reajustar a rota.


"Vivenciar uma experiência como essa, aumentou minha expectativa quanto ao ambiente de trabalho e parceiros nele. Prezo a cultura das tentativas, erros e acertos. Mas não quer dizer que todos estejam preparados ou querem isso."

Primeiro, deve partir de nós querer estar em um ambiente que nos desafia diariamente, quase sem nenhuma rotina e cheio de dias insanos com velocidade de produção, mas que normalmente são os que nos satisfazem mais. Gostar disso, deve ser um valor intrínseco a nossa essência como pessoa e profissional. E talvez aí, a busca pelos lugares certos, com match a sua visão de cultura quanto a novas ideias e forma de trabalho sejam consequência.

Hoje, faço parte um time de Marketing e Comunicação em uma startup que respira inovação. Curiosamente, meu trabalho hoje é ajudar a traduzir para nossos clientes, que são B2B, o que fazemos, ou seja: como implementar as soluções de inovação aberta que trabalhamos as suas rotinas corporativas.

Claramente, as empresas que são nativamente digitais já olham para o mundo de open innovation há mais tempo, como a gente e se ligam rapidamente ao nosso trabalho, além de terem áreas que falam a mesma língua que a nossa e entendem de pronto o que fazemos. Em sua maioria, claro, grandes Big Techs, já na bolsa e puxando sardinha para o que fazemos, não querem mais largar.




Porém há as gigantes, corporações tradicionais com anos e anos de história que resistem à inovação na veia e não só no papel, mesmo após um cenário caótico e catalisador de transformação digital, como a pandemia e que preferem continuar agarradas ao medo do que abraçar soluções nativamente tecnológicas como as nossas.

Não há como negar que essa resistência diminui com tudo que estamos vivendo, mas o que nos assusta é perceber que o mercado "tradicional" (que aqui quero dizer tudo que não é nativamente digital) e precisa de soluções como as nossas, não quer lidar com os dados já apresentados, como das mudanças impossíveis de não acontecer em um futuro próximo quanto inovação, ligados a mão de obra, forma de trabalho, realidade social e tudo mais que se desdobra nessas discussões e que posso levar mais duas folhas listando.

Talvez, é por isso que eu relembre quase sempre quando encaro um desafio mais complexo: – "para aquela garota de 24 anos que se empolgou em mudar o mundo com um app ou hoje, para a mulher de 32 anos, que toca o time mais competente que já liderou, trabalhando ao lado das pessoas mais inteligentes, incríveis e cheias do mesmo espírito daquela mesma menina, que não aceita o status quo e quer sim mudar o mundo, continue se cercando de pessoas que admira, mais inteligentes que você, que te impulsionam, inspiram e tenham os mesmos anseios de mudança sociais e impactos positivos a se deixar, tendo as ideias e inovações como grandes agentes catalisadores dessas mudanças".


Enquanto isso, continuo Nathizando por aí.

Até mais.

 

O que é Open Innovation? Transformação digital é o futuro ou já passou? Nathizando por aí, eu, Nathi Figueiredo, divido aqui o que descobri, com uma pitada de Marketing e Conteúdo.


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